segunda-feira, 14 de março de 2011

EUCALIPTO NO BRASIL - UM POUCO DE HISTÓRIA

Espécie arbórea da família das mirtáceas, o eucalipto é originário da Austrália e só chegou ao Brasil graças ao trabalho do agrônomo Edmundo Navarro de Andrade a partir de 1904 quando trouxe as primeiras sementes de várias espécies para atender a demanda de dormentes e madeira para as locomotivas da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

O grande boom da eucaliptocultura só aconteceu mesmo a partir de 1965, com a lei de incentivos fiscais ao reflorestamento. Entre as décadas de 60 e 70 a área de plantio de eucaliptos passou de 500 mil para 3 milhões de hectares.

A região sudeste do então estado do Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul, foi uma das que se beneficiaram da lei. No começo da década de 70 muitos empresários iniciaram grandes plantios, com a esperança de lucrar com a nova cultura, mas não foi bem isso que aconteceu, como nos conta um dos pioneiros, o proprietário da Ramires Reflorestamentos, Luiz Calvo Ramires. (veja entrevista completa no vídeo abaixo)

Os incentivos para se plantar eucalipto na década de 60 e 70 deram certo em algumas regiões do País que hoje se beneficiam das suas florestas. Mas o eucalipto só foi mesmo estudado e se desenvolveu como uma das mais promissoras culturas florestais brasileiras graças ao trabalho de pesquisa das grandes fábricas de celulose, das empresas florestais, cooperativas patrocinadas pelas empresas, institutos do governo e instituições ligadas às grandes universidades como a SIF e o IPEF.

Hoje o eucalipto brasileiro tem uma produtividade cerca de 10 vezes maior que alguns dos países líderes de mercado. Enquanto no Brasil o rendimento médio de uma floresta de eucaliptos varia de 35 a 50 metros cúbicos por hectare/ano, e dependendo da região podem chegar a 60 e até 70 metros cúbicos por hectare ano, na Finlândia as florestas alcançam em média 5 metros cúbicos por hectare/ano, em Portugal 10 e na África do Sul, 18.

Mas a procura por novos clones, eucaliptos resistentes a geada, ao vento e às pragas e principalmente mais produtivos é o que move as empresas a investirem cada vez mais em pesquisas e a promoverem constantes buscas de espécies que venham contribuir para esta melhoria genética.

Fonte: Painel Florestal

Nenhum comentário:

Postar um comentário