terça-feira, 26 de abril de 2011

A IMPORTÂNCIA DAS FLORESTAS


Desde que o mundo é mundo, e no Brasil não foi diferente, as florestas nativas vêm sendo exploradas indiscriminadamente pelo homem, por dois motivos fundamentais: primeiro, pela demanda crescente por madeira, e, segundo, pela crença de que os recursos naturais são inesgotáveis.

A natureza é finita, sim. E é aí que residem a atualidade e a importância das florestas plantadas como alternativa ecológica para o nosso planeta e o nosso país. Um país privilegiado, com enorme disponibilidade de luz solar, água e um solo onde, como já dizia Pero Vaz de Caminha, em se plantando, tudo dá.

Tão discutidas no passado, e hoje cada vez mais valorizadas, as florestas plantadas garantem a coexistência dos biomas naturais remanescentes.

Aproximadamente um terço da área pertencente às empresas florestais no país, como é o caso da Aracruz, é coberto e preservado somente com vegetação nativa, protegida na forma de reservas legais e áreas de preservação permanente.Intercaladas com os plantios comerciais, essas florestas permitem a comunicação, multiplicação e preservação de espécies da fauna e flora locais.

No Brasil, onde ainda existem 92 milhões de hectares de terras agricultáveis não utilizadas, as florestas plantadas com eucaliptos, pínus e outros tipos de árvore ocupam 5,7 milhões de hectares (60% deles destinados à eucaliptocultura), contra 61 milhões de hectares ocupados por outros cultivos agrícolas, como milho, soja, laranja e café. E nada menos que 220 milhões de hectares são ocupados por pastagens.

É dessa realidade que trata esta publicação, preparada pelo Centro de Pesquisa e Tecnologia da Aracruz. Nosso objetivo é apresentar a todos os interessados os mais recentes conhecimentos sobre os plantios de eucalipto. Além da história da introdução dessa espécie no Brasil e nas áreas de plantio da Aracruz, você também vai conhecer os resultados de diversos trabalhos desenvolvidos pelos nossos pesquisadores, em parceria com outros centros de pesquisa e universidades, além de dados comparativos de outras culturas agrícolas.

Nosso propósito é contribuir para o enriquecimento da discussão sobre a cultura do eucalipto, e divulgar sua importância para o desenvolvimento socioambiental do Brasil e dos brasileiros.

Fonte: Aracruz

sexta-feira, 15 de abril de 2011

BIOMASSA DA MADEIRA GANHA ESPAÇO


Matéria prima abundante e domínio da cadeia produtiva são vantagens da indústria florestal


Matéria prima abundante e domínio da cadeia produtiva: essas são as grandes vantagens da indústria florestal em um mercado que tem terreno fértil para prosperar nos próximos anos, o de bioenergia. A avaliação é do diretor Florestal da Divisão América Latina da Stora Enso Brasil, João Fernando Borges, na palestra “Indústria Florestal e Bioenergia”, realizada na tarde de hoje no XVI Seminário de Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte Florestal, no segundo dia da II Semana Florestal Brasileira, em Campinas.

“A biomassa de madeira vem ganhando importância como uma fonte de energia renovável. Por mais que também implique em combustão de carbono e emissões de gases, representa sequestro de CO2. E sua utilização está na base dos processos de produção da indústria florestal, ou seja, colheita e logística utilizadas na indústria de produtos de madeira, de celulose e papel ou energia”, comenta.

Borges diz que, no Brasil, muitas fábricas de celulose já não dependem 100% da energia da rede e até vendem o excedente. “A produção de celulose ainda é o seu negócio, mas em algumas a venda de energia já tem peso significativo. No futuro, estima-se dentro de 10 a 20 anos, a geração de energia será mais da metade da receita dessas indústrias”, conta o diretor da Stora Enso.

A fase atual é de aperfeiçoamento de tecnologias e de parcerias científicas e comerciais, segundo Borges – caso da Stora Enso em seu parque de fábricas na Europa. “A empresa florestal tem o know how relacionado à matéria prima e outros segmentos fazem o processamento da biomassa, para produzir biodiesel ou bioenergia. A distribuição já não é o nosso negócio, por isso esse tipo de aliança é importante para cobrir toda a cadeia”, comenta.

O diretor fala ainda sobre a permanente evolução dos métodos de produção. “A gaseificação da madeira é um processo antigo, de antes da Segunda Guerra Mundial. Foi sendo aperfeiçoado para se tornar mais limpo, ambientalmente adequado e viável economicamente em larga escala”.


Fonte: Interact Comunicação

quarta-feira, 13 de abril de 2011

IRRIGAÇÃO DO EUCALIPTO LOGO APÓS O PLANTIO

Em geral o plantio do Eucalipto em muda ocorre sempre logo após a chuva, com a terra molhada. Na fazenda da Casamassima, em Buritizeiro, Minas Gerais, através do fomento com a Votorantim está sendo realizado um plantio de grandes proporções e, uma das recomendações dadas pelos responsáveis técnicos é a irrigação logo após o plantio.

A chuva cai e logo em seguida se dá o plantio, o sol e o calor do dia já começam a interferir na muda quando toca o solo. A muda é colocada em um buraco exatamente do tamanho do tubete e a irrigação em seguida garante que não ocorra perda por falta de água, devido ao buraco maior. O que ocorre é que se a raiz da planta não tocar o solo e se formar ali uma bolsa de ar, a muda pode morrer ou não se desenvolver propriamente. A irrigação logo após o plantio elimina esse empecilho.


Uma das questões mais relevantes em relação à produção florestal é a irrigação. O déficit hídrico acarreta perdas significativas na produção, gerando inclusive a “queima de ponteira”.

Essa técnica garante o crescimento das mudas com melhor aproveitamento e a diminuição do replantio por perda de mudas devido à déficit hídrico.

Fonte: Painel Florestal

terça-feira, 12 de abril de 2011

ETANOL FEITO DA CASCA DO EUCALIPTO

Pesquisadores conseguem retirar etanol da casca do eucalipto
Cientistas querem testar se transformação é viável para o mercado.

É possível gerar etanol a partir da casca do eucalipto. Este é o resultado de uma pesquisa inédita no mundo, realizada por um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). A ideia é utilizar mais de sete milhões do resíduo que sobra da madeira utilizada na indústria de papel e celulose. Se tudo der certo, a previsão é que o novo etanol chegue ao mercado em no máximo em 10 anos.

No Brasil, existem mais de 4,5 milhões de hectares de eucalipto. Cada 30 milhões de toneladas de madeira geram sete milhões de toneladas de casca de eucaliptos. De acordo com pesquisadores, uma tonelada pode produzir 200 mil litros de etanol. A quantidade é muito parecida com a cana, até mesmo o de segunda geração, e isso pode dar um incremento no biocombustível.

Cada hectare de eucalipto produz 2,6 mil litros de etanol. Um hectare de cana produz seis mil litros de etanol. O etanol de casca de eucalipto é mais uma fonte de energia alternativa, mas não concorre com o etanol da cana, já consolidado no mercado. A partir de agora, os pesquisadores iniciaram um novo estudo, em parceria com a União Europeia.

A viabilidade econômica depende de vários parâmetros. A ideia é associar o eucalipto com o setor sucroalcooleiro – afirma Carlos Alberto Labate, professor da Esalq/USP.

Fonte: Canal Rural