quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

RURALISTAS QUEREM VOLTAR LOGO O CÓDIGO FLORESTAL PARA GARANTIR FINANCIAMENTO

Lideranças ruralistas devem manter a movimentação para apressar a votação de mudanças do Código Florestal. A bancada quer votar o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB – SP) o mais rápido possível, a tempo de evitar as restrições de financiamento rural, que entram em vigor em junho.

Essa semana, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) associou a revisão do código à inflação de alimentos e alertou para o risco de alta nos preços se os produtores não tiverem acesso a financiamento por causa de pendências ambientais.

A partir de 12 de junho, o Banco do Brasil não vai mais emprestar dinheiro para produtores que não apresentarem a averbação da reserva legal (registro em cartório) ou aderirem ao Programa Mais Ambiente, criado pelo governo para regularização ambiental de propriedades rurais.

Desde janeiro, o banco estava exigindo que os produtores assinassem uma declaração afirmando ter ciência de que a partir de junho a lei será aplicada. O coordenador da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), reclamou do alerta do banco e a partir da próxima semana a declaração não será mais cobrada.

Além da proposta de Aldo Rebelo, um novo texto deve ser apresentado para discussão da revisão do código, preparado pelo governo. Ministérios “rivais”, como os do Meio Ambiente e da Agricultura, estão se entendendo melhor sobre os pontos mais polêmicos das mudanças na lei e a proposta será fechada pela Casa Civil da Presidência da República. Oficialmente, não há previsão de data para apresentação do substitutivo.

Micheletto disse que os parlamentares não vão aceitar um texto pronto do Executivo e que a proposta que valerá para o debate na Câmara é a de Aldo Rebelo. “Independente do envio de substitutivo, o governo tem que respeitar o que o Parlamento está fazendo. O plenário vai votar o texto do Aldo, isso é acordo político já feito. O Executivo não pode interferir.”

Segundo Micheletto, as bancadas estão tentando negociar os pontos mais polêmicos, inclusive com o Ministério do Meio Ambiente, para viabilizar as mudanças da lei ainda no primeiro semestre.

Para o coordenador de Código Florestal da Campanha Amazônia do Greenpeace, Rafael Cruz, o governo deveria se posicionar de maneira mais clara sobre as mudanças, para que a lei florestal não seja atropela pelo “tratoraço” da bancada ruralista.

“É hora do governo se posicionar sobre esse assunto. Tem que dar sua posição definitiva. A independência entre os poderes é essencial, mas o governo tem o papel inegável de se posicionar”, avalia.


Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PLANTIO DE EUCALIPTO EM GRANDES ÁREAS -IV

Carregamento

O carregamento dos caminhões pode ser executado com tratores adaptados com grua ou com carregadores especiais para a área florestal, como por exemplo os carregadores florestais.

A junção entre colheita, baldeio ou arraste e carregadores é chamado de módulo florestal. Os módulos florestais melhores para cada tipo de floresta vão depender muito do diâmetro das árvores, rotação da floresta, número de fuste por cepa, declividade do terreno, etc.

Após efetuar todas as etapas, a escolha do transporte ideal é decisiva para manter a qualidade da madeira. No Brasil a maioria do transporte de cargas é efetuado por modal rodoviário, por isto é de grande importância que os equipamentos utilizados apresentem uma tecnologia compatível com suas necessidades. A madeira utilizada pelos consumidores nacionais são transportadas traçadas, em árvores inteiras ou em cavacos.

No sistema de madeira traçada pode-se transportar a carga longitudinalmente ou transversalmente do caminhão, dependendo do comprimento da madeira utilizada. Este sistema é mais utilizado nas industrias de papel e celulose, pequenos consumidores de madeira, indústria de aglomerado, MDF, chapas de fibra, e outros.

Já no sistema de árvores inteiras, a madeira é transportada no sentido longitudinal do caminhão e é mais utilizado para espécies nativas ou para madeiras exóticas com a finalidade de uso em serraria.

Um outro sistema é o transporte de madeira em forma de cavacos. Este sistema utiliza máquinas picadoras no campo e a mudança total das carrocerias dos caminhões.

Também é utilizado no Brasil um sistema onde uma só máquina faz as etapas de baldeio, carregamento e transporte de madeira até a fábrica. Este equipamento fora de estrada é chamado de Timber Hauler. O que torna difícil sua utilização é que esta máquina só pode trafegar em estradas particulares devido a não adaptação do Timber Hauler as leis de tráfego brasileiras em estradas comuns, como por exemplo a sua largura e peso da composição.

Fonte: Floresta Brasil

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PLANTIO DE EUCALIPTO EM GRANDES ÁREAS -III

Tratos culturais
É muito importante que as mudas plantadas fiquem livres de matos, principalmente no estágio inicial. Para eliminar o mato competição, além da aplicação de herbicida com equipamento adequado é recomendado fazer o pré-plantio e o pós plantio.

No pré-plantio é feita a eliminação das ervas infestantes para limpeza da área de plantio através do uso de herbicida pós-emergente liberados para uso florestal (bomba costal ou tratorizada).

O pós-plantio é conduzido através de intervenções nas áreas plantadas para eliminação das ervas infestantes, através do controle manual (capinas e roçadas), mecânico (roçadeiras) ou químico (herbicidas pré e pós-emergentes).

Entre os tratos culturais está o combate à formiga, principalmente. Para isso, é necessário um controle rigoroso utilizando métodos eficientes e seguros.

O combate consiste na eliminação de formigas cortadeiras através da aplicação localizada de isca formicida granulada no formigueiro ativo. O controle é feito com produto à base de sulfluramida, que é um composto químico de baixa toxicidade, classe IV (faixa verde, pouco tóxico) e biodegradável.

Repasse a formiga: eliminação das formigas remanescentes do primeiro combate através da aplicação localizada de isca formicida granulada no formigueiro ativo.

Outra operação importante é a redução de brotações através de moto-roçadeira ou ferramentas manuais. No caso do eucalipto pode ser deixado apenas um broto selecionado por cepa. A operação é realizada entre 8 e 12 meses após o corte, conforme o estágio de desenvolvimento da brotação.

A adubação de manutenção é realizada após o primeiro ano de plantio em áreas de implantação, reforma, rebrota ou desbaste.

Colheita
A atenção das empresas florestais e consumidores de madeira com relação a colheita florestal sempre foi muito grande por causa da alta representatividade nos custos de produção e elevada demanda de mão-de-obra.

Existem três sistemas de colheita florestal utilizados no Brasil, o manual, o semi-mecanizado e o mecanizado.

O sistema de colheita manual consiste na derrubada, desgalhamento e traçamento realizado apenas com o uso do machado. Já no sistema semi-mecanizado é utilizada alguma máquina aliada ao trabalho manual, como, por exemplo, realizar a derrubada e o processamento das árvores em toras utilizando motosserra e proceder o desgalhamento com o uso do machado.

O sistema mecanizado utiliza máquinas para realizar todas as operações de colheita, como, por exemplo, utilizar o Harvester para derrubar, desgalhar e torar as árvores. Existem diversos equipamentos utilizados para as diferentes operações florestais, bem como:

Feller-bunchers: são equipamentos sofisticados (tratores florestais cortadores - acumuladores) que acumulam árvores durante o processo de abate formando pilhas, o que facilita o transporte.

Harvesters: são máquinas polivalentes auto-propelidas (rodas ou esteira) que são capazes de operarem como cortadoras e processadoras de árvores e também cavaqueamento e/ou transporte de madeira.

O baldeio ou arraste pode ser realizada através de tratores adaptados (auto-carregáveis), ou por máquinas especificas para esta função com Skidder (Arraste) e o Forwarder (baldeio).

Forwarders (tratores florestais auto-carregáveis) - oferece condições ergonômicas favoráveis aos operadores, indicado também em desbastes iniciais (impacto reduzido em relação as demais técnicas). Capacidade de formar pilhas com até 4 metros de altura. Diminui manuseio de toras.

Skidders - utilizados para a extração de toras, apareceram em cena durante a década de 60, são veículos versáteis e fortes, fáceis de operar e econômicos. Robustez e facilidade de manutenção os tornam populares nos Estados Unidos, além de poderem trabalhar com uma larga margem de tamanhos de árvores.

Fonte: Floresta Brasil

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

PLANTIO DE EUCALIPTO EM GRANDES ÁREAS -II

Adubações
Antes da adubação é indicado realizar análise de solo para recomendação da calagem e fertilização. A adubação de plantio visa o suprimento de nutrientes na fase inicial de vida da planta, realizada manualmente em mistura na cova de plantio. Já, a adubação em cobertura se aplica apenas em solos de baixíssima fertilidade.

Caso não seja realizada a análise do solo, pode-se adicionar à terra retirada da cova o adubo simples na dosagem de 120 g por cova. Misturar com a terra e após 40 ou 50 dias do plantio efetua-se a fertilização de cobertura ao redor da mudas, utilizando 100g de adubo.

Plantio
O plantio das mudas de eucalipto é realizado manualmente, através do uso de ferramentas apropriadas. Logo após o plantio, as mudas plantadas são irrigadas. Dependendo das condições climáticas pós-plantio, irrigações complementares são realizadas.

Posteriormente é feito o replantio e irrigação somente nas áreas (talhões) que apresentarem índices de falhas iguais ou superiores a 10% (clone) e 15% (semente) para espaçamentos entre mudas inferiores ou iguais a 9 m³ por planta. Para espaçamentos superiores, considera-se um índice de falha máximo de 3%, independente do material genético.

Fonte: Floresta Brasil

PLANTIO DE EUCALIPTO EM GRANDES ÁREAS

Escolha das Mudas
Em primeiro lugar é preciso ESCOLHER MUDAS DE QUALIDADE, o que evitará inúmeros problemas e permitirá obter uma floresta de qualidade. Para se obter uma maior produtividade é imprescindível que as mudas sejam clonadas, como já dissemos AQUI.

Tratos culturais
Depois vem o preparo do solo para receber o plantio de mudas em áreas de reforma (prévia eliminação das cepas rebrotadas, através do uso de herbicidas pós-emergentes) ou implantação.

Em seguida é efetuada a operação de sulcamento, baseada no conceito de cultivo mínimo. É realizada com o objetivo de romper possíveis camadas compactadas do solo e facilitar o coveamento e a aplicação de herbicida pré-emergente. Com isso, garante um rápido pegamento das mudas, maior uniformidade do plantio e o rápido crescimento na fase inicial do plantio.

Coveamento é a técnica utilizada para abertura das covas em áreas inclinadas, através do uso de enxadões (manualmente). As covas devem ser feitas, preferencialmente, com 20 cm de largura e 30 cm de profundidade nos espaçamentos desejados (mais comumente, 3,0 x 2,0 m).

Fonte: Floresta Brasil

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

VENCE EM JUNHO O PRAZO PARA AVERBAÇÃO DA RESERVA LEGAL EM MINAS GERAIS

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2006, Minas tem cerca de 550 mil propriedades rurais, destas, somente cerca de 50 mil tem reserva legal averbada. A média de averbações anuais tem sido de 4 mil ao ano. Desde 2007 o IEF vem buscando medidas para ampliar a averbação da reserva legal, inicialmente, foi criado um núcleo que devido à grande extensão do trabalho se transformou em um centro, o Cearel.

Com a edição de Decretos Federais, a partir de 2007, foram concedidos prazos para a regularização e responsabilização para quem não houvesse averbado sua Reserva Legal, prazos esses adiados para os anos seguintes, a atual data final para a averbação da reserva legal é 11 de junho de 2011. O diretor de Desenvolvimento e Conservação Florestal do IEF, José Medina, ressalta que a legislação que trata deste assunto não é recente, data de 1965.

Para tentar agilizar o trabalho o IEF realizou cerca de 12 treinamentos para capacitar profissionais de fora do órgão na realização dos tramites técnicos da reserva legal. No total foram capacitados 700 novos técnicos que podem atuar em processos de averbação. Uma força de trabalho que pode aumentar significativamente o número de averbações. Porém, esses profissionais são autônomos, o que significa um custo para quem não pode esperar pelo técnico do IEF.

A expectativa para 2011 é que o número de averbações aumente significativamente e novos cursos serão realizados para capacitação de mais técnicos.

Reserva Legal

A reserva legal é uma área dentro da propriedade rural representativa do ambiente natural da região e necessária à preservação e conservação dos recursos naturais. O tamanho desta área é de no mínimo 20% da área total da propriedade, excluindo as áreas de preservação permanente.

A regularização da reserva legal é feita pelo IEF. O uso desta área fica restrito a atividades que possibilitem a utilização sustentável deste espaço. Se averbadas todas as reservas de Minas Gerais seriam 11% da área do Estado preservada, cerca de 6 milhões de hectares.

FONTE: Ascom/ Sisema

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

PORQUE PLANTAR EUCALIPTO É UM BOM NEGÓCIO?

Em diversas regiões do Mato grosso do Sul e do Brasil, encontramos agricultores e pecuaristas insatisfeitos com os resultados dos modelos convencionais de produção, preços injustos ou inviáveis, além das intempéries ocorridas com muita freqüência. Portanto, a otimização da propriedade rural, modelos modernos de gestão, sistemas integrados de produção, aproveitamento de todos os metros quadrados da área, alternativas de produção e cultivos, tem sido termos atrativos e muito utilizados nos últimos anos, perante os problemas enfrentados no campo. O cultivo de eucalipto se torna uma das melhores alternativas como complemento de renda com resultados fantásticos, principalmente pela elasticidade de adaptação em qualquer região do país.

Existem espécies compatíveis para cada realidade, desde o solo, clima, até a finalidade que será destinada essa madeira. A escolha deverá ser realizada no planejamento, pois são muitas as variedades de clones e sementes disponíveis no mercado. Várias empresas, corporações, instituição de pesquisa como a EMBRAPA florestas, IPEF, universidades, contém informações importantíssimas como suporte em todas as etapas, que facilitam a tomada de decisões.

A maioria dos produtores são imediatistas, “pensam pra ontem”. O planejamento da área, como uma empresa rural, com a introdução do componente florestal, terá rendimentos a curto prazo com a agricultura e pecuária; a médio prazo com o desbaste da madeira, a colheita de sementes ou frutos das árvores, além dos resultados da integração como bem-estar animal, umidade, produtividade, ciclagem de nutrientes, dentre inúmeros outros; e a longo prazo com o corte raso das árvores, utilizando a madeira com alto valor agregado para diversas finalidades.

São muitos os interessados na implantação florestal, por ser altamente rentável e a demanda por produtos florestais ter crescido drasticamente. Do ponto de vista econômico, a formação de florestas de produção representa um mercado responsável por 4% do PIB nacional, tendo como principais segmentos: o papeleiro, com a produção de celulose para a indústria de papel; o energético com a produção de carvão, e o moveleiro com a produção de chapas e laminados para a fabricação de móveis.

Do eucalipto podem ser extraídos vários produtos. Das folhas, extraem-se óleos essenciais empregados em produtos de limpeza, alimentícios, em perfumes e até em remédios. A casca oferece tanino, usado no curtimento do couro. O tronco fornece madeira para sarrafos, lambris, ripas, vigas, postes, varas, esteios para minas, mastros para barco, tábuas para embalagens e móveis. Muitas regiões aproveitam seu ciclo curto para produção de lenha, que gera energia. O aproveitamento dos resíduos de serrarias e industrias moveleiras como maravalha e serragem para diversos fins, e até mesmo briquetes e pellets, que chegam ser exportados para Europa com finalidade energética para lareiras, pizzarias e restaurantes. Sua fibra é utilizada como matéria-prima para a fabricação de papel e celulose. A engenharia civil e arquitetura estão usando cada vez mais na atualidade, por ser inovador, autêntico e sustentável. Dependendo do manejo utilizado, finalidade e região do país, os rendimentos podem variar de R$ 1.500,00 até R$ 4.000,00 por hectare ao ano, ou seja, um dos melhores retornos do agronegócio.

Além dos cultivos maciços (somente eucalipto) temos os sistemas agroflorestais (SAF´s) se encaixam perfeitamente pela necessidade de mudança e produção sustentável. Estes se dividem em sistemas silvipastoris (florestas com pastagens); silviagrícolas (florestas com agricultura); e agrossilvipastoris (florestas com agricultura e pecuária simultânea ou seqüencial). Na integração Lavoura-Pecuária-Floresta a distribuição de mão-de-obra é mais uniforme durante o ano, existe uma melhoria das condições de vida promovida pela diversidade de produção, pois diminui os riscos e incertezas do mercado. As árvores no sistema funcionam como quebra-vento, mantendo a umidade do solo, aumentando a fixação de nutrientes, restaurando as propriedades químicas, físicas e microbiológicas do solo, melhorando a qualidade da cultura ou pasto. Além da exploração racional dos recursos disponíveis, aumenta a renda do agropecuarista, e resulta em maior estabilidade econômica.

Estes são apenas alguns dos infinitos benefícios resultantes das florestas plantadas ou da integração, pois uma imensa quantidade de espécies de eucalipto pode ser utilizada, e em diversos arranjos espaciais, delineados de acordo com cada realidade, tipo de solo, clima, temperatura e localização. Seja para a pequena, média ou grande propriedade, todos podem aderir aos plantios florestais ou sistema agrossilvipastoril, sem restrições. Temos esta tecnologia fantástica para ser utilizada a favor do homem do campo, bastam coletar as informações adequadas, planejar bem a área e colher excelentes resultados ambientais, econômicos e sociais.

Engº Agrº Pedro Francio Filho

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CÓDIGO FLORESTAL SERÁ VOTADO ATÉ MARÇO AFIRMA O NOVO PRESIDENTE DA CÂMARA


O Código Florestal está entre as matérias prioritárias para serem votadas este semestre na Câmara dos Deputados. A afirmação foi feita nessa quarta-feira, 2, pelo novo presidente da Casa, Marco Maia(PT-RS).

De acordo com o deputado federal, a intenção é votar até março a proposta que cria o novo Código Florestal. “Vamos trabalhar no sentido de viabilizar os consensos necessários”, disse. “Quando as matérias estiverem prontas para serem votadas por acordo serão votadas”, ressaltou.

O deputado destacou que irá manter a interpretação dada pelo ex-presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), de que projetos que não possam ser tratados por medida provisória possam ser votados em sessão extraordinária, mesmo que haja medida provisória trancando a pauta das sessões ordinárias.

“Foi uma interpretação adequada feita pela Mesa, referendada pelo Temer e que se mostrou eficiente para dar condições ao parlamento de votar outras matérias que não aquelas oriundas do Executivo ou do Judiciário. Vamos trabalhar diuturnamente para construir uma agenda que seja do parlamento”, disse.

Fonte: Painel Florestal

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

PREPARAÇÃO IDEAL DO SOLO PARA PLANTIO DE EUCALIPTO

Revolvimento do solo

È muito importante revolver o terreno para facilitar o plantio, fixar as raízes, aumentar a absorção de umidade, melhorar o crescimento e sobrevivência das mudas, além de facilitar o controle das plantas daninhas. Atualmente, não é mais recomendado o uso de arado ou grades pesadas, porque estes equipamentos causam uma revirada e perturbação nas camadas do solo, com prejuízos no aproveitamento da sua fertilidade natural e perda da matéria orgânica; ao invés disso, têm sido utilizados, preferencialmente, o subsolador e sulcador, somente nas linhas de plantio, objetivando o cultivo mínimo. Não se deve fazer o revolvimento do solo nos terrenos inclinados para não provocar erosão; nesse caso, as covas devem ser grandes para garantir o bom desenvolvimento das mudas.


Espaçamento
Por espaçamento entende-se a área ou espaço necessário para o crescimento e o desenvolvimento das plantas. O espaçamento é definido em função da espécie, grau de melhoramento, fertilidade do solo e dos produtos finais a serem obtidos. Os espaçamentos mais utilizados pelas empresas de reflorestamento estão apresentados abaixo

Espaçamento, densidade de plantas e finalidade de plantio mais utilizados nas empresas de reflorestamento no Brasil.

Espaçamento (m) Nº de plantas por hectare Finalidade do plantio
3,0 x 1,5 2,222 lenha, carvão, mourão, celulose

3,0 x 2,0 1,667 lenha, carvão, mourão, celulose

2,5 x 2,5 1,600 lenha, carvão, mourão, celulose

3,0 x 3,0 1,111 celulose, carvão, lenha, serraria

O espaçamento ideal é aquele que produz o máximo de madeira em volume, forma e qualidade, com o menor custo. O mais recomendado é que os plantios tenham, no mínimo, entre 6 a 9 metros quadrados por planta, com o mínimo de três metros entre as linhas de plantio.

Fonte: Prof. José de Castro Silva

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

CASCA DE EUCALIPTO NA PRODUÇÃO DE ETANOL

A viabilidade da produção de etanol a partir das cascas de eucaliptos descartadas pelas fábricas de celulose e papel foi comprovada em pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.


Passivo ambiental vira energia
Os experimentos realizados pelo químico Juliano Bragatto demonstram que uma tonelada de resíduo gera 200 quilos de açúcares, que permitirão produzir 100 litros de etanol.

Esta produção pode dobrar com o aproveitamento do açúcar existente na estrutura das cascas.

O químico conta que a indústria de papel e celulose gera um resíduo de cascas de eucalipto que em geral não é aproveitado.

"Em alguns casos, é feita a queima para produção de energia, mas a grande quantidade de cinza gerada torna o processo bastante insatisfatório", diz Bragatto. "Para evitar a formação de um passivo ambiental, foi avaliada a composição química das cascas para saber o potencial de transformação em bioetanol".

Casca de eucalipto

A casca do eucalipto possui açúcares solúveis que podem ser prontamente postos em contato com as leveduras que produzem o etanol por meio de fermentação.

"Entre eles se encontram a glicose, a frutose e a sacarose", afirma o químico. A casca fresca, obtida logo após o corte da madeira, possui 20% de açúcares solúveis. "Este número cai pela metade em um período de dois a três dias, porque ocorre a degradação dos açúcares na casca, por isso o ideal seria aproveitar o resíduo imediatamente após ser produzido."

Uma tonelada de resíduos pode gerar 200 quilos de açúcares, volume suficiente para produzir 100 litros de etanol.

"Somando-se o açúcar que pode ser obtido da quebra da celulose, estima-se uma produção adicional de 94 litros, dobrando o rendimento de etanol", destaca Bragatto. "Havia a possibilidade de alguns compostos químicos presentes na casca do eucalipto inibirem a fermentação, prejudicando a produção de álcool, o que não aconteceu."

Florestas energéticas

O rendimento do processo de produção do etanol a partir dos resíduos de eucaliptos é semelhante ao do álcool de cana-de-açúcar.

"As cascas são submetidas a uma lavagem com água a 80 graus, onde se obtém uma infusão que é posta em contato com as leveduras", explica o químico. "Também é possível moer a casca e a realizar a fermentação com o caldo obtido, da mesmo modo que a cana."

As pesquisas deverão prosseguir com a utilização de um maior número de variedades de eucalipto, para verificar com exatidão a composição química das cascas e a quantidade de açúcar disponível.

"Este conhecimento é um passo importante para consolidar o conceito de florestas energéticas", destaca Bragatto. "Uma vez obtido o açúcar, ele pode ter outras aplicações, como servir de matéria-prima na produção de bioplásticos e biopolímeros."

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/