quarta-feira, 9 de setembro de 2009

PLANTIO CONSORCIADO - RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

É possível promover a recuperação de áreas degradadas – com adequações de tecnologias de manejo de solo – e introduzir o consórcio do plantio florestal, com pastagens e lavouras.

Minas Gerais e vários outros estados brasileiros possuem excelência em tecnologia, domínio de técnicas de cultivo, de manejo e administração florestal. A experiência de sucesso do plantio direto na agricultura foi um terreno fértil para o avanço das técnicas sustentáveis da produção agropecuária.

Partindo da experiência de integração das lavouras temporárias – como milho e feijão – com a pastagem, a migração para a tríplice integração – neste caso acrescentando os plantios florestais – está a um passo da franca consolidação em Minas e outras regiões brasileiras. O espaçamento adotado nas áreas de florestas integradas proporciona o convívio produtivo com as outras duas atividades.

Esta caminhada vem garantir a certeza de oferta de produtos da biomassa para o consumo industrial, assegurando a "intocabilidade" da mata nativa brasileira.

A intervenção necessária para a implantação dos sistemas integrados gera um balanço ambiental significativamente positivo. A disponibilidade de terras ociosas ou degradadas permite a expansão da base florestal, sem colocar em risco a produção de alimentos e, principalmente, poupando as espécies nativas da exploração predatória.

Atualmente, segundo dados da Embrapa, cerca de 20% do território brasileiro, ou seja, 173 milhões de hectares são ocupados por pastagens. Uma boa parte está degradada e tem condições de ser recuperada com as tecnologias de integração. Estudos indicam que o sequestro de CO2 nas áreas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta chega a 2,5 toneladas por hectare/ano.

É preciso, antes de tudo, acabar com o preconceito em relação ao plantio florestal e encará-lo como uma cultura agrícola, com benefícios econômicos, sociais e ambientais.

A meta, mesmo com toda a excelência de produção já alcançada pelo país, é evoluir na compatibilização e simplificação dos procedimentos legais e administrativos aplicáveis à cadeia produtiva florestal, principalmente no que se refere aos setores ambientais, operacionais, tributários e fiscais.

Desta forma, podemos afirmar que o horizonte para a produção de energia renovável, papel e celulose no Brasil sustenta-se numa plataforma segura de oferta de matéria-prima.

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