O plantio de eucalipto nas estações mais secas do ano não é mais problema. Em 2007, a sobrevivência média das mudas nesta época chegou a 98,4% nas fazendas da Votorantim Celulose e Papel VCP na região do Vale do Paraíba, em São Paulo. O responsável por esse resultado é o hidrogel, um polímero absorvente colocado junto à raiz da muda durante o plantio. Sua função é reter a água da chuva ou irrigação e liberá-la aos poucos, garantindo a umidade do solo.
Adotada pela VCP desde 2001 nas fazendas de regiões com baixos índices de chuva, essa tecnologia é importante no desenvolvimento inicial da planta, quando a muda ainda não desenvolveu raízes suficientes para buscar água em regiões mais profundas do solo, garantindo sua sobrevivência.
Com o gel, a muda de eucalipto fica úmida no período mais crítico do desenvolvimento da planta. Isso elimina a exigência de irrigação imediata. Dependendo da condição do solo, a planta pode ficar de oito a 15 dias sem irrigação. Na média, o consumo de água cai de 6,5 litros por muda para 2,6 litros. Reduzindo o nível de mortalidade das plantas, também reduz o replantio. Pelo método anterior, a muda plantada manualmente era irrigada. O material usado, além de biodegradável, é atóxico.
Já a Internacional Paper (IP), fabricante americana de papel, que possui 85 mil hectares de florestas plantadas no Brasil, consegue reduzir o custo do plantio em 8% já no primeiro ano, um ganho substancial para um investimento que mobiliza grande somas de capital em extensas áreas de plantações de florestas. Ao longo de sete anos, período de corte da árvore para extração da celulose, a economia chega a 3,5%.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
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